Uma Rosa nua...

Desfolhei primaveras em um amargo até logo,

No sorriso tenro de rever tua face,

No esplendor do medo de perde-te no ontem.

A espera transparente e ousada repousando,

O vento por entre as ramagens lúcidas de dor.

Cantei pela voz do rouxinol teu nome,

E nem vestígio de seu corpo o ar trouxe.

Minha música fez-se maldita e sem paixão,

Meu seio névoa escura diante de ocultas horas mortas.

Ainda desfolho uma rosa pura entre a aurora e o luar,

Esperando ser a carne tua,

De meus dedos a desfolhar.

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 30/05/2011
Código do texto: T3004230
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