Uma Rosa nua...
Desfolhei primaveras em um amargo até logo,
No sorriso tenro de rever tua face,
No esplendor do medo de perde-te no ontem.
A espera transparente e ousada repousando,
O vento por entre as ramagens lúcidas de dor.
Cantei pela voz do rouxinol teu nome,
E nem vestígio de seu corpo o ar trouxe.
Minha música fez-se maldita e sem paixão,
Meu seio névoa escura diante de ocultas horas mortas.
Ainda desfolho uma rosa pura entre a aurora e o luar,
Esperando ser a carne tua,
De meus dedos a desfolhar.