Tarde demais

Entalado na garganta o nome

Pelo qual não te chamei

O choro que tive que conter

Ser forte...eu optei

Tu, sombra que some

Optou por morrer

Entre os seios me abandonou

Sugando deles o amor

Agarrada as saias

Que altiva me ensinou

Da vida o verdadeiro sabor

Num tempo onde as vaias

Eram o gozo da razão

E te fostes, homem sem rosto

Navegar noutros mares

Morar em outro coração

E eu parida no desgosto

Cresci cheia de pesares

Do meu lado um vazio

Que nada, nunca preencheu

Como esse beijo frio

Que só a ti pertenceu...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 01/07/2005
Código do texto: T30040
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