Caminho
Adentrei cavernas
Submergi cisternas
Encontrei novas pernas.
Deslizei íngremes sangrias
Descobri aberturas
Vasos...rotura.
Senti a cova funda
O abismo profundo
Na planta dos pés.
Fui esquecendo aos poucos
O que ficou no poço
Desnecessários encostos.
Tudo parece enlameado
Triste e amargurado.
Mas é trajeto feito
Ligadura perfeita
O que costura
E livra de amarguras.
É apenas o peso da enxada
Em mãos calejadas
Preparando a estrada.
Entendendo a que veio
A que semeio
Antes de partir.
Ver o horizonte
A nova fonte
O que rega o AMOR-PERFEITO
O cravo ...o jasmim
A alegria de ter feito
Tudo por AMOR
Sem pensar só em mim.