Na luz.
Hoje estou na luz, mas um dia fui trevas.
Não sei se acostumei ou se foi meu ser que se cansou
Procurei o saber desvendando a vida e
Meu tino proferiu: meu caminho alumiou.
Encontrei monturos sob forma humana
Contemporizando a existência sob o prisma da solidão
Anjos decadentes se fazendo divindades preciosas
Espectros cálidos de um mundo sem correção.
Ególatras não aprendem nem se cansam
Seu jugo vem torpe de origem
Fazem-se grandes, mas são adidos servis.
Não sobrevivem sem falar de suas crises.
Sórdidos como os políticos
Suas palavras: “Coitadinho de mim”, “vejam como fui”, “sou o modelo do salvador”
Explorando deficiências como ponto de partida
Esquecem que não há sustentação numa historia sem conteúdo nem amor
Morte em vida
Escracham a perfeição do ser
Solitários por fora rugindo por dentro
Esperando a destruição se estabelecer
Mestres do “buling”
Este é o seu pacto com o cão
Viver a margem da historia
Uivem nas trevas do inferno promovendo a solidão.
Manoel –30/05/2011 – 05:45h