((((((((:::::TAL AMOR:::::))))))))
Neve, o mudar das estações
O primeiro olhar da janela de manhã
no seu olhar havia uma promessa
nos meus quadris dançava um desafio
num relance de barco mas sem pressa
que fosse ao sol-poente pelo rio
trazia nos cabelos um perfume
princípio do prazer que caminhava
carnal e nobre, lúcida e segura
com qualquer coisa de uma orquídea brava
e o grito da revolta na retina lastrava
— Gozemos escondidos.
A sorte, inveja. Emudeçamos.
O lindo Prazer tão suspirado
Me responde: — Que vãs são tuas queixas?
a ser eu comprida — Me houveram (certo) pertencido
Uma velha música em sapatos cómodos
Compreender, escrever, plantar, viajar, cantar — Ser amável.
Se, o mal que escolhemos, já sentido — nos deixa,
antes que novamente outro dia amanheça
e em mim silencie — tal amor — que doloso aconteça.