DÍZIMO! CONSOLO OU CONSUMAÇÃO?

O senhor tá me procurando por todas as partes

E eu tento fugir

Ele me mostra o caminho a seguir

E eu quero me esconder sem ter pra onde ir

Ele quer me abraçar

E eu tento partir

Ele me mostra sua dimensão

E eu não passo de um degrau

Meu grau de óculos não me deixa

Ver a sua face na imensidão

Estou cego espiritualmente

Só quero o consumo exagerado

Só o amor sonegado

Quero é a palavra no jargão adulterado

É o inimigo guardado

Medo de faltar

Medo de doar

Medo de olhar

As traças falarão por mim

O inimigo é a traça que comerá o seu dinheiro

Que não circula, é o medo de acabar

Como sentirás Deus

Se guardares o que não podes levar

Tem-se medo de que não possa voltar

Como confiar num Deus

Se tiveres medo que ele te falte

Já que te falta de fato o que não nasce em jardins?

Como se operam os milagres?

Através da fé cega!

Através da entrega total

Não adianta dar o dízimo se o dás querendo

Que volte, pelo contrário darás sem medo de receber

Porque o senhor sabe o que tu precisas!

Não adianta dar por dar e tampouco receber por receber

O amor só recebe o que o faz por merecer!

Se um dia precisares usar uma ponte

E tiveres dez centavos pra ir

Tu vais economizar estes dez centavos

Sem passar pro outro lado da ponte?

O mínimo que pode acontecer contigo

É perder os dez centavos e ficar do outro lado da ponte!

Perdestes o centavo mais a ponte continua, mais tu só vês a ponte!

Deus sabe o que faz e nós deveríamos agradecê-lo mais

Afinal os centavos são dos homens e a ponte é ancestral...

O dízimo é fortalecimento

Uma semente astral...

Dízimo ou dizimado?