Uma noite escrita em dois corpos
Dois corpos em uma noite
Travam uma guerra contra o vento frio quem vem da enseada
As garrafas de vinho tentam aplacar todo o mal que a madrugada trás
Passos desencontrados perdem-se entre o meio fio e a rua
Digna
Enquanto os corpos se unem querendo se aquecer
Lábios ressecados se acham
Dizendo sem palavras um ao outro
Que havia uma saudade enorme do que nunca havia ocorrido
Os desejos são um grande misto
De que a noite nunca termine
Com a vontade que o dia nasça e o Sol venha aquecer aqueles corpos
Então que venha um eclipse
15-V-2o11.