Até quando?
Tem vezes que olho as frases vazias,
as rimas escassas, as casas sombrias
e o nó na garganta aperta outra vez.
Tem dias que ouço a voz do fracasso,
a falta de amor, nesse descompasso
e a minha esperança é só um talvez.
Tem horas que na vida ouço outro grito,
tingindo a distância, do que foi escrito,
aí meu poema vive a mesquinhez.
Então, a poesia previne outro enlace,
nem outro disfarce aponta um querer,
aí não tem jeito, o choro me vem,
ao ver meu irmão, do crime, refém.