EPITÁFIO...
DEsculpem-me,
sou poeta,
nada mais que isto.
Perdoem-me
se incomoda o canto
só almejo a liberdade
de poder cantar...
Não me torturem
por continuar criança
e viver vivendo.
Já estou cheia de cicatrizes,
mas perdão, mil vezes perdão
se nelas sempre brotam flores...
A mochila é pesada
mas sei carrega-la sem incômodo.
A lógica não entende.
Deixem-me prosseguir,
sou toda inofensividade.
Nada quero,
nada deixo...
Não me torturem por não
saber responder.
Se incomodo, se preciso partir,
dêem-me a cicuta,
é mais amena.
Como o último desejo,
peço um epitáfio
QUESTIONEMOS