Paradoxal
Sua observação, Querida, é tétrica
eu prefiro bélica,
sua opinião, meu Bem, é réplica
mas, eu quero tréplica,
sua maledicência, Santa, é vesga,
mas, só curto a nesga...
O sintoma seu, ô pândega, é mórbido
e, eu desejo sórdido
sua apelação, Lindinha, é chula,
mas, eu sou mais gula,
sua decepção, meu Anjo, é farta,
mas, meu deleite, é frívolo...
Já não há parâmetro nesse seu engodo
e nem é possível a farsa salutar
nessa overdose de obscuridade
vejo a veleidade, assim, sobrepujar...
Que venha então a mácula
e que tome meu quinhão ao seu bel prazer
que de obsessão nessa louca mira
não serei o alvo pra você mirar...
A loucura está apenas a dois centímetros
de minha cabeça,
mas, antes que ela atinja meu cérebro
dou um tiro nessa cuca insana
e vou visitar anjinhos no céu.