MUTAÇÃO POÉTICA

MUTAÇÃO POÉTICA

Um dia, criei asas e quis voar

Voei em todas as direções

Vivi a sensação de levitar

E chamei minhas asas de ilusão.

Depois de percorrer o espaço inteiro

E de voar pelos céus de todo o mundo

Tornei-me barco e naveguei noite e dia

Por mares nunca dantes navegados

E chamei meu navegar de fantasia.

Cansei do mar, voltei pra terra firme

Caminhei, caminhei sem me plantar

Não queria raízes, era inconstante

E chamei essa inconstância de sonhar.

E mais uma vez, eu, ser mutante

Precisava de algo novo para ver

Mesmo não compreendendo a insatisfação

O motivo real da minha inquietação

A essa inquietação chamei viver.

Vivo uma revolução de sentimentos

Que, às vezes, não passam de utopias

Mas me faz refém da emoção

Inquieta e em constante mutação

E a esta mutação chamo poesia.

Marsoalex 16/09/1988

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 27/05/2011
Código do texto: T2997960
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