Questão(Poema 33)
Pergunta incômoda, secreta e muda
Mora dentro de cada ser.
Um pequeno silvo que
Cresce gradualmente, logo é
Um barulho em crescendo a
Jorrar questões várias.
A pergunta que sai
Já vivia em mundos encobertos,
Poetizava em outros idiomas.
Sentia um frêmito louco
De correr em cada um...
O que sou eu? Para que existo?
Devo eu estar inerte ou ativo?
O mundo é uma continuação do
Estado de alma individual ou
Somos apenas produtos sociais?
Ah, isso não morre, a vida
Das perguntas é intenso agitar,
Caminhar a conversar com seu próprio vagar,
Dormir e súbita e repentinamente
Lampejo a afastar o sono
Questão-problema,
Cessa de martelar
És apenas fria análise que
Cérebro precisa alimentar-se.
Questão-polida
Acelera teu
Voo e consome
A energia solar e eólea
Pra voltar ao cerne!
Cerne de dúvidas secretas e
meta-poéticas!