UMA TARDE DE VERÃO

Sopra um vento fro

com ares de saudade ou despedidas

ferindo rostos

levantando saias

redemoinhando folhas na calçada estreita...

Batem janelas feito pálpebras nervosas...

Pinheiros inquietos

ao sabor do vento expulsam pássaros

que, feito flechas, vão de um lado ao outro

procurando abrigo...

A poeira, tal qual um manto vermelho, recobre tudo

enquanto a chuva não vem

feito camareira

para recolhê-la e guardá-la no rio.

Delito

Gerson Dias de Oliveira
Enviado por Gerson Dias de Oliveira em 27/05/2011
Código do texto: T2997257
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.