SOPROS
É da boca que se sopram as palavras
é do peito que se sopra a dor
da mente sopra-se a saudade
da lembrança o sopro amor.
É do tempo que se recortam os espaços
nas estradas refaz-se caminhos
das recordações desenham-se retratos
e nos beijos bebe-se bom vinho.
No deserto seguem-se os passos
no cansaço encontram-se os ‘eus’
no abraço enlaçam-se os braços
sem segredos dispam-se os véus.