A LUA E O POETA...

A luz da lua que passa pela fresta

da janela do meu quarto, nas noites calmas,

encantaria o mais vago e insensível dos humanos...

A distância que há daqui às alturas

fica imperceptível; parecemos tão próximos!

Quando a lua não vem a noite não me é conveniente...

Parece que ela contempla minha silhueta

através da fraca transparência dessa vidraça.

Fico a sonhar acordado com a sua prateada imensidão...

Pressiono o olhar contra o vidro frio

da minha janela muda, que obstinada e com

ciúmes, quer me fazer crer ser a distância ainda maior...

Mas o que vale é o que sinto de fato.

A distância entre nós nunca esteve menor.

E numa noite dessas sei que me beijará a face rubra.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 26/05/2011
Reeditado em 26/05/2011
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