Flor Arisca



Sou Flor arisca,
E quem arrisca não se ferir
Em meus espinhos?
Não me encanto só com palavras,
Mas com o toque supremo do coração,
que vem lento,
com melhor som,
Tem que entender de espinhos para se ter uma Flor e não magoar,
Tem que ser Flor e não despetalar.
Já fui Flor da caatinga, ferida,
Com sede de água doce,
Querendo o sonho bom, que fosse,
De passos mansos,
Palavras leves,
Mas fui invadida,
Trêmula, senti o dissabor,
A distância que a ignorância plantou, colheu,
o desprezo, o despejo,
O desejo do melhor,
O silêncio, a oração,
A libertação, a continuação...
O fim.
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 25/05/2011
Reeditado em 26/06/2021
Código do texto: T2992598
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.