DESEJO

Fera que constantemente

Procura sair da jaula.

Quer a liberdade

Para obter isto e aquilo

Que nem sempre convem.

Nós,

Pobres vigilantes,

Sempre à espreita

Para cercar este indomável.

O Desejo tenta insistentemente

Deixando-nos quase sempre

Tontos e cansados.

Faz-nos de tolos.

Confunde nossa vontade

Fingindo que é cordeiro.

CAUTELA!

O Desejo

É um monstro voraz.

Precisa diariamente

De nosso cutelo.

L.L. Paraty, 13/01/2011

POEMA 182 – CADERNO: TÊNIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 25/05/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T2992199
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