Enfim...

A janela fechada... Não há vento...Não há nada...
Olho a cidade cinza... Os carros... As luzes fortes de um dia ensolarado.
Colhi, nas curvas do sono, forças para acalentar a vida... Descanso.

O Poeta tem seu prumo... Esconde-se nas armadilhas das linhas...
Tem, nas veias, tudo o que precisa... Versos e Planos... Palmas, pasmas.

Por vezes, sou acarinhada com o sorriso... Por ora, tenho tudo o que preciso... Senhora da poesia, A rua indica os passos... Sem ventre... Sem demais vertentes? Ignoro.

A janela aberta... Há fogos... Raios aos milhares...
Olho a cidade cinza... Os muros... As lâminas de duas faces.
Rasgo, nas curvas do corpo, a dança matreira... Sem eira... Aqueço-me à beira... Lentas lambidas... Ronronam as cortinas...

O Poeta tem na pena, galopes de tinta...Brinca com a crina das palavras...

09:02