(((((:::CULPA E CULPADOS:::)))))

Sobe a sílaba. Tateia no ar.

Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!

Mais subtil: um fio, por onde a estrela quer descer:

para embaixo nadar, embaixo,

onde pode ver-se a cintilar:

na ondulação das palavras errantes.

Surdos, hoje, não delito que ofender pudera.

sepulta quem ouviu voz insincera.

Sem ser ouvido e sem ouvir

é delito saber quem é culpado,

o vício que o indaguem os curiosos

e viva eu ignorante e ignorada.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 25/05/2011
Código do texto: T2991526
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.