coração de mendigo
Poesia Coração de Mendigo.
Um caso de Zé Teodoro.
I
Nasci na casa de pobre, sem roupa para vestir.
Meus pais me enscinaram, a ser um trabalhador.
É assim eu cresci, fiquei homem e fiz sucesso.
Eu conheci a vida, tive dinheiro, e muitas posses,
II
Uma mulher, eu conheci, me dediquei a ela.
Muito amor e carinho, e mendiguei seu amor.
E com ela eu casei, e eu consegui uma família.
Tinha casa, dois carros e também duas filhas.
III
Uma família perfeita.
Pagava em dias minhas dividas.
Tinha credito assim eu era feliz.
Eu era seu fulano de tal! Era bonito, era respeitado.
Tinha um nome, podia escolher político e votar.
IV
Ganhavam-se as eleições, a gente vibrava.
Comemorava e muita cerveja se tomava.
Eu contente da vida.
Muito projeto eu tinha, e sonhava.
A fabrica me mandou embora.
nem isso eu reclamava.
V
E o que eu iria fazer da vida, era simples.
Eu tinha uma fortuna no banco.
Muitos bens, para ser vendido,
A idéia era de tudo fazer dinheiro. Segue amanha
VI
Comprar um ônibus, e nele fazer minha casa.
E conhecer cada cidade, do meu país Brasileiro.
Parando em cada cidade, curtindo nosso dinheiro.
Mas na sexta feira à noite, chegou pelos noticiários.
VII
Do jornal da televisão, aquela maldita mensagem.
Que rebentou o nosso Brasil.
O seqüestro de nosso. Rico dinheirinho.
Coisa que nenhum Brasileiro. Consegue esquecer
Foi coisa alucinante.
VIII
Podia ser pobre, ou rico, até fazendeiro.
Quem tinha mais no bolso.
Eram sós cinqüenta mil cruzeiros.
Foi uma demandada louca, todo mundo correu.
Para as portas dos bancos.
Uns queriam informações.
IX
Outros queriam mesmo.
Era sacar seu rico dinheirinho.
Balançou o piso Brasileiro. Emprego foi à zero.
O que eu faço meu Deus, com tão pouco dinheiro.
Quem tinha mais, eram sós cinqüenta mil cruzeiros.
X
Quem estava empregado.
Temia ser mandado embora.
Quem estava fora do serviço.
Emprego não conseguia.
A vida ficou apertada, casas, carro foram vendidas.
Precisava-se fazer dinheiro, a todo custo.
XI
Tudo acabou em nada.
Até a minha mulher foi embora.
Sobrou então quem? Eu o mendigo de rua.
Nas costa um saco, com suas roupas de dormir.
E o pobre coitado, que mendigava de tudo.
XII
Comida água e até um dinheirinho.
Para uma pinga beber, e assim poder esquecer.
Que um dia ele foi gente, importante.
Porque hoje! Eu só! sou um mendigo.
XIII
Na festa de rua, ó coitado.
Também queria participar.
Como nada podia ele comprar.
Saio então a mendigar.
XIV
Uma cartolina para seu coração.
Também poder pintar.
Daí ele pegou! Uma cartolina vazada.
Daquelas, Que ali na calçada! Estava jogada.
XV
E no buraco de que alguém.
Já tinha tirado um coração.
Ele tentou fazer o seu coração! Só não pintou.
Porque no buraco não tinha como pintar.
XVI
Então colou ali muitos pedacinhos de papel,
De varias cores.
Na falta de papel, algum buraco ficou.
XVII
Como não ganhou nenhuma nota.
Ele se pós a mendigar e reclamar muito.
Pois também queria notas. (Segue amanha)
E quem sabe até ganhar, Lhe pediram explicação.
E ele foi explicar, com seu dedo ossudo em ristre.
Começou a apontar.
XVIII
O [amarelo] representa dinheiro, que era quando.
Eu trabalhava, e minhas contas, podiam pagar,
Muitas posses eu tinha.
Era respeitado, em todos os lugares que eu chegava.
Do {Vermelho} eu faço representar a raiva de quando].
XIX
O emprego me foi negado, nem minha família.
Eu podia sustentar, do [preto] {significa..
Quando abandonado por minha família.
Na rua eu fui morar, Ali na rua eu também amei.
Muitas mulheres e por elas eu fui amado.
XX
E por isso eu deixei os buracos, porque quando elas. Foram embora, um pedacinho do meu coração. Elas os levaram.
[verde] é minha esperança.
De um dia eu achar um bom emprego.
XXI
Reabilitar-me, e voltar a ser gente. Há! Há! ! Você ri.
Porque nunca chegou, a aonde eu cheguei.
Não! Não desejo a ninguém.
A vida que eu estou passando.
XXII
Fique um ano sem emprego, Depois me diga.
Mande-me, um recado, se nois dois não estaremos.
Disputando a marquise do mesmo super mercado.
Por isso eu lhes peço, gente amiga.
Quando encontrar um mendigo
XXIII
Não nos olhe com os olhos atravessados.
Precisamos de uma mão amiga, para podermos.
Passar do outro lado, com pouca de ajuda.
A gente consegue, se tornar num homem honrado.
XXIV
Disputar com todos vocês.
As compras do mês, deste mercado.
Mendigo é um homem, que deu um voto errado.
Acreditando nos policos, e em seus predicados.
Que depois que ganharam só fez coisa errado.
XXV
Dizendo que falava em inglês e não iria comer nada errado, mas afundou o Brasil! E deixou o povo pirado.
Esta é a poesia do coração de um mendigo. Obra do Zé Teodoro.
Terça-feira W/010715192015/02151505
CÊ GOSTOU ME DE UMA NOTA DE ZERO A DES E DEVOLVA EU AGRADEÇO.