M A R
Verde mar... verde... bravio...
que eu contemplo embevecida
do desvão desta janela;
que de prata se reveste
quando a lua, esquiva e bela,
se espraia, cansada, na areia,
nas águas serenas se despe.
Mar azul dos namorados,
dos guerreiros destemidos.
Mar de amores, trovadores,
dos pescadores humildes...
de Camões que o desbravou
na Epopéia lusitana
que cantou atos e fatos
muito além da "Taprobana".
Mar que banha a praia mansa
na madrugada parada.
Mar que muda, se renova,
que vem, que vai e que rola
numa harmonia de cores
- aquarela preciosa.
Mar que guarda mil segredos,
mar que adentro, um pouco, a medo.
Mar de castelos... de sonhos...
Para ti é que eu componho,
e te ofereço, o meu verso.