REINO

As ruínas

eram as rainhas.

Velho muro

atapetado por

musgos e samambaias.

As ruínas reinam.

As rainhas,

Velhas damas,

Ruinaram-se.

O muro

insiste em separar

o público do privado.

As ruínas

tornaram públicas

as posições corroídas.

As rainhas

tornaram-se privadas

em seus únicos reinos

OS MAUSOLÉUS

O muro resiste,

as ruínas governam.

As rainhas dormem.

Musgos e samambaias festejam

mais uma umidade

Imunda.

L.L. Paraty, 11/01/2011

POEMA 179 – CADERNO: TENIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 24/05/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T2989632
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