REINO
As ruínas
eram as rainhas.
Velho muro
atapetado por
musgos e samambaias.
As ruínas reinam.
As rainhas,
Velhas damas,
Ruinaram-se.
O muro
insiste em separar
o público do privado.
As ruínas
tornaram públicas
as posições corroídas.
As rainhas
tornaram-se privadas
em seus únicos reinos
OS MAUSOLÉUS
O muro resiste,
as ruínas governam.
As rainhas dormem.
Musgos e samambaias festejam
mais uma umidade
Imunda.
L.L. Paraty, 11/01/2011
POEMA 179 – CADERNO: TENIS VELHO.