Mórbida solidão
Em tantas mortes supostas enterrei o coração,
em tantos finais sem começo, conheci a desilusão.
Em tantas madrugadas amanhecidas
perdi o rumo que o sol me diria.
Em tantos descasos acontecidos,
encharquei lágrimas pela fantasia.
E da manhã que eu pensava encontrada veio o sono.
E mais uma vez, adormeci meus olhos e o pensamento.
E de nada mais eu soube, dos tantos que não fui dono.
E das tantas que foram as horas, somente o luto
e o esquecimento.