Deletério olhar

Guardo em mim uma fera,

Aprisionada por laços

Da limitadora matéria.

Resta-me atado à teia,

Olhos que até me abrasam,

Se acaso eu sair do padrão.

Destas severas faúlhas

Saltam sermões fastios,

Mitos, ilusões e falácias

Flagelam a alma pura

Com sua sana quimérica

E uma fastuosa razão.

São nesses olhos que vejo

A fantasia garbosa

De uma obscura paixão.

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2011.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 23/05/2011
Código do texto: T2988057
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