Desorientação

Um gosto de culpa azeda a alma,
Bate o desespero,
Quisera curar essa alma louca,
Essa voz rouca aprendesse a cantar,
Fazer um corte no peito - para o coração respirar.
Esse nó em ré maior, não desata... Desafina,
Perde a rima na esquina do tempo que estancou.
E feito pipa no céu, foge da mão do menino,
Vai embora com o vento, destino incerto,
Telhado desconhecido,
Feito pássaro fugido da gaiola...Desorientado.
Meu espírito é passaro assustado, desajustado,
Com gosto amargo de pecado,
Gosto azedo de culpa,
E o desejo veemente de absolvição...
De um resgaste do telhado, linha emendada, rabiola desembolada,
Pipa de volta ao céu...Imponente,
empinada, feliz.
Aguardo o resgate  do espírito, da alma...
Tão dificil é ser aprendiz.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 23/05/2011
Reeditado em 23/05/2011
Código do texto: T2987873