O sopro do vento brando
A noite inspira o meu canto,
seus olhos são minha direção.
Eu e busco nas estrelas,
e te chamo pela noite a dentro.
É tão bom respirar teu ar,
em teu ombro eu me descanso,
teu abraço me acalma;
fico leve como pluma...
Pela noite eu te chamo,
com os olhos e a alma.
Responda, por favor...
Inconstante como o vento,
sem saber me segurar,
tenho ânsias de lamento,
indagando: onde está?
Ao mesmo tempo um sorriso
nasce em minha noite fria.
Olho pra lua e digo tolices;
perco a pressa e o caminho de casa;
digo seu nome lentamente,
como se beijasse cada letra,
esperando que o vento leve a você minha voz.
A noite é fria,
o inverno começou...
aqui nessa casa tão cheia
me faltam palavras pro amor.
Porque não é de amor que eu falo,
já que é somente especial...
não importa o nome que tenha,
ou se nem tenha...
só sei que sinto saudades,
muitas; muitas mesmo.
Pois em seu ombro, tanta paz;
no seu abraço eu me entreguei;
a noite não mais interessa;
a lua cresce e olha de longe,
orgulhosa das flechas que atirou.
Em seus olhos o mesmo que em meus;
entre nós algo leve e forte nascendo;
o medo se esvaindo;
desvanecendo-se o tempo;
o artista colorindo a tela,
o desenho invisível no ar.
Na noite separados...
na noite juntos...