Subterrâneo
Tudo ocorre no subterrâneo
Na pútrida essência da vida
Túneis infinitos de desculpas
Levando a lugar nenhum
E o coração pulsa sonolento
Arrepios obscuros de um prazer
Desgastado pela vida
Sucumbido pela paixão tardia
De um ser que só faz observar
Observa o mundo desmoronar diante de seus olhos
As ruínas da cidade destruída
Entorpecida pelo tempo e o descaso
Tudo foi embora
Tudo viveu uma vida
Tudo morreu na vida
Tudo floresce na escuridão sombria de uma sombra
Enterrada no subterrâneo da alma.