O silêncio de Keats

“Mesmo no templo do prazer

A velada melancolia

Tem seu santuário soberano”

(John Keats)

No canto da sala, o violão negro toca

Tons e acordes, inerte toca solitário, toca

Toca uma canção fúnebre, de morte

Uma canção que traz um cheiro peculiar de

Flores vermelhas, brancas, flores

De um ritual doloroso que mata a esperança

Eis que um canto fúnebre celebra...

... Celebra, emanado das profundezas da garganta que

Fez uma vida de sensações chorar, pelos olhos, lágrimas

Lágrimas num tempo de deleite, um hiato, silêncio...

Vida de pensamentos, beleza que tomba depois do som

Numa praia desolada inundada de silêncio

Do choro, antes da palavra velada

Derradeiro ao gemido dado de graça

Não há som de prazer que preencha adequadamente

O sossegado abrigo impelido a

Fazer-nos louvar as fantasias

Saúde do corpo e sua história efêmera

Adentramo-nos e sentimos a perda fatal

Faz-se a hora do amargurado funeral

Louvaremos diante do...

... Corpo e santuário dos mortos elevem-se à auxiliadora

Mães, do púlpito, reverenciaram ao

E, entre lágrimas, nos prostramos em silêncio a alma pecadora

*A John Keats: 31/10/1795 – 23/02/1821

Marciano James
Enviado por Marciano James em 21/05/2011
Reeditado em 28/05/2011
Código do texto: T2984238
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.