Caminhos

Como poderei sobreviver

Ao naufrágio do coração?

Em meio a tantas tormentas,

Mares, tempestades violentas,

Nestes tempos tempestuosos:

Verdadeira maré de emoções.

Mas meu coração é valente,

Fiel ao que carrega em si,

Que o faz latejar irrefreável

E descompassadamente,

Ao badalar de uma paixão.

Porque é o sentimento

Que nos move adiante,

Cria forças onde já não existem,

Põe fogo em lenha encharcada,

Tira água de solo ressequido.

Portanto, é o coração,

Que sem o qual não viveremos,

Mais o que sente do que o que bate,

Que dá sentido aos nossos dias,

E nos impulsiona,

Por pulsar firme e forte,

No peito e no seio da vida.

E que, querendo ou não,

Nos faz seguir viagem

Por onde os olhos

Já não enxergam mais caminhos.

(Catalão, datado de 18/05/2011)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 21/05/2011
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