Em que mesmo pensam aqueles olhos

Em que mesmo pensam aqueles olhos

Tão profundos e longos como a madrugada

Que estão vendo aquelas retinas

Imersas em neblina

Para onde se lança aquele olhar que tanto ensina

E que dolência é aquela de um solitário na esquina

Em que mesmo pensam aqueles olhos

E por que olham para dentro e para o imenso céu ao mesmo tempo

Se a fronte não levanta

Coberta de sol e de bonança

Em nome de Deus me diga

Em que pensam aqueles olhos

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**Poema inspirado no olhar de uma criança**

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Estive ausente, mas eis que novamente aqui estou e vem, como um iluminado pássaro da poesia, a abençoada conterrânea SARA GONÇALVES:

Teus olhos resguardados de mim

ão perfumados quanto à aurora

Ditam pensamentos sem fim

Nos versos do agora

Perdidos dentro do instante

Imerso na madrugada

A palavra concomitante

Tem sua forma transfigurada

O que me dizem os olhos teus

No simples espaço das tuas pálpebras

Serás um semi-deus,

Ou apenas me apavoras?

Quando me olhas em mistério

Plenamente consumido pelo pecado

Sou um ato de adultério

Compromissada com o acaso

Se teus olhos me escondem os pensamentos

Minha afronta te amedronta as horas

És mistérios dos meus tormentos

Sou onde moras

És chamado de tempo,

E eu de tua Senhora.

taniameneses
Enviado por taniameneses em 21/05/2011
Reeditado em 14/08/2011
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