Santuário

Entre sonhos maltratados

Parecendo praguejados

Encontramos a verdade

O que somos sem as metades.

Espaços dilatados

Vazios necessários

Onde mais somos amados.

O sangue corre esparramado

Até entre os mais finos becos

Lugares mais secos

Onde o amor fica alojado.

Protegidas pelo silêncio

Rosas e incensos

Erguem-se altares.

O sino a tocar

No campanário

A porta...o Santuário.

A imagem logo a frente

Da Mãe Rainha

Nobre presente.

Coração palpitando

Joelho se dobrando

Onde não somos entendidos

Pela dor do amor imerecido.

Asas começam alongar

Os pés sinto flutuar

Sem o peso do corpo mortal

Da cruz brutal.

Há só beleza nesse lugar

Elevando o que importa

Abrindo as comportas

Do amor divinal.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 19/05/2011
Código do texto: T2980957
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