TEMPESTADE DE LEMBRANÇAS
Ah! Quantos amores, quanto desejo
Tão sedento por teu abraço apertado
que me entrego a volúpia deste beijo
tão vivo em memória, fico encantado.
Cai a noite gélida, ao teu ser não vejo
Resta lembrar-te, sonhando acordado
Neste oceano de lençóis em que velejo
Sozinho ao léu: Horizonte desnorteado.
São tantas palavras que jogo ao vento
perdem-se entre amores, no temporal
quem me assombra é este sentimento.
Mas amanhece: Sol transpassa o vitral
sigo a jornada içando as velas do tempo
fugindo das brisas de outro amor banal.