TEMPESTADE DE LEMBRANÇAS

Ah! Quantos amores, quanto desejo

Tão sedento por teu abraço apertado

que me entrego a volúpia deste beijo

tão vivo em memória, fico encantado.

Cai a noite gélida, ao teu ser não vejo

Resta lembrar-te, sonhando acordado

Neste oceano de lençóis em que velejo

Sozinho ao léu: Horizonte desnorteado.

São tantas palavras que jogo ao vento

perdem-se entre amores, no temporal

quem me assombra é este sentimento.

Mas amanhece: Sol transpassa o vitral

sigo a jornada içando as velas do tempo

fugindo das brisas de outro amor banal.

Filipe Aimi
Enviado por Filipe Aimi em 19/05/2011
Código do texto: T2980751