NAS ÁGUAS PROFUNDAS DA PAIXÃO
Nas águas profundas da paixão
A correnteza implacável me afoga
Puxa-me, debato-me, em vão
Vejo-me perdido entre ondas gigantes
Envolto em águas errantes
Que não param, não param, não param
O que fazer, já não sei, não sei mais
Deixo-me levar por essas águas
Cuja força é grande demais
Estou cansado, exausto, no chão
Sou náufrago suado de paixão
Estou à deriva nesse rio de leito de molas
Sob o olhar de um céu de vidros espelhados
Estou semi-coberto por lençóis d`água de seda
Em um oceano de poucos metros quadrados
Estou cansado, exausto, sei não
Estou suado, molhado, perdido
Nas águas profundas da paixão