Alma migratória
Eu que tudo julgo saber e sei de nada
Sou alma errante, aberração de querer ser
Ave migratória que chegará neste Fevereiro
Na debandada de emoções, avessa a cativeiro
Sei que sou toda hesitação, ou serão medos?
Não me submeto às minhas próprias armadilhas
Sou de mim terreno baldio que escorrega
Escapulindo-me até da minha consciência
Qual andorinha sem amarras de ansiedade
Engravatadinha com um certo ar de santidade
O meu destino é a palavra liberdade