Brisa, pé de vento e vendaval.
Brisa que vem do mar no fim do dia;
E faz as ondas beijar a praia;
É vento brando que acaricia;
Mas às vezes por picardia;
Sopra com mais euforia;
Só prá levantar as saias.
Há o pé de vento ligeiro;
Só vem prá fazer arruaça;
Levanta poeira, é bagunceiro.
Chega, tumultua e por graça;
Espalha lixo na praça.
Há também um menorzinho;
Esse é levado da breca;
É o tal redemoinho;
Quem é supersticioso diz:
-Tú carrega o capeta!
-Vai embora, infeliz!
Também há o vendaval;
Que chega com cara de mau;
Quebra a casa e arranca as telhas;
Leva a roupa do varal;
Destrói o cacho de abelhas.
Por onde passa é um cáos.
Mas o mais bravo é o tornado;
Com esse não se pode brincar;
Pois quando ele chega, danado;
As vezes sem avisar;
É um salve-se quem puder;
Tudo que está no chão vai pro ar!