Flores de plástico

É pena que a sua beleza

Não sinta a dor que grita dias a fio

Seus sapatos novos

Não te levam aos caminhos escuros

E eu aqui choro

Junto aqueles que clamam todos os dias

Vítimas da estupidez dos seus caprichos

Não tenho tempo pra entender

A miséria das tuas ações

Que não te deixa enxergar e nem ouvir

Quando bato na mesma tecla

Eu procuro encontrar a cura pra tua doença

Só assim salvaremos todos

Dessa febre que alimenta os seus sorrisos

Ainda assim eu queria te fazer compreender

Que o espaço que você ocupa

Cabe muitos

O teu prato é temperado

Com o suor de tantos braços

Tento entrar pela janela

Pois a porta você já fechou

Se te roubo é pra te libertar

A chuva que rega tuas flores de plástico

Inunda a cidade inteira

Leila Sales Rosolem
Enviado por Leila Sales Rosolem em 17/05/2011
Reeditado em 11/02/2013
Código do texto: T2976344
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