Flores de plástico
É pena que a sua beleza
Não sinta a dor que grita dias a fio
Seus sapatos novos
Não te levam aos caminhos escuros
E eu aqui choro
Junto aqueles que clamam todos os dias
Vítimas da estupidez dos seus caprichos
Não tenho tempo pra entender
A miséria das tuas ações
Que não te deixa enxergar e nem ouvir
Quando bato na mesma tecla
Eu procuro encontrar a cura pra tua doença
Só assim salvaremos todos
Dessa febre que alimenta os seus sorrisos
Ainda assim eu queria te fazer compreender
Que o espaço que você ocupa
Cabe muitos
O teu prato é temperado
Com o suor de tantos braços
Tento entrar pela janela
Pois a porta você já fechou
Se te roubo é pra te libertar
A chuva que rega tuas flores de plástico
Inunda a cidade inteira