Rosa Negra

Na colheita, terras que me pertencem

No solo, espaços para plantar

Uso sementes escuras, se umedecem

Ao plantio morto para germinar

Molduras, relatos do que passei

Flores coloridas, já não existem, eu sei

Ao tempo me iludi, me entreguei

Aos pesadelos, degraus que andei

Na mata, a terra morta

Nasce e cresce a rosa

Em Terra do cemitério, exposta

Um breu florido se mostra

A rosa marcada pela dor

Sem vida, beleza e cor

Faz jus na perda de um amor

E pedaços escuros de uma luz que se apagou

Na proporção do amadurecer

Sua cor viva já não pode ser

Ela reflete os atos, o meu sofrer

Pois morto no vale da morte, pude saber

Que a alma vive eternamente

E nessa Terra, outras flores vai nascer...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 17/05/2011
Reeditado em 22/05/2014
Código do texto: T2976320
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