HORIZONTE*
Vaporosos lampejos da mente
Ardem nesse céu de sentimento
Almejam paz estrelada,
Tocar em santidade o firmamento.
No amanhecer cinzento
Esculpem-se doridos desencontros
O choro de prata que vaza dos olhos silencia
Criatura alada
O coração rompe numa ânsia tardia.
Percebo nas mãos as sementes áridas
Vislumbro entre os dedos a ceifa do que não tenho
Do horizonte quero as cores
Os reflexos desse portento.
Revivo em radiosas conexões da alma e mente
Todos os azulados sonhos
Que um dia desisti em sofrimento
Alaranjados tons céus
Em esplendor rodeiam-me em fragmentos.
Em vitrais abraços o horizonte me enlaça
Sinto-me em carícias celestes
Túrgido arco iris afago
E nas brumas verdes azuladas ecoa um olhar...
Divino laço.
Meu salvador horizonte...
Sinto-te longo e doce abraço.
KARINNA*