Puro , louco e cego ( Ah , Coração ! )
Que anjo é esse senhor , que passou tão depressa ?
Nem vi tuas asas baterem no céu .
Que anjo é esse senhor , que chegou sem promessa ?
E deixou na minha alma o gosto de mel
Será anjo de Deus,
Ou Demonio outra vez ?
Esse cego poeta apenas caminha e no escuro tatei toda perversão
Reinar a maldade e viver o divino não parece ser um prêmio tão bom .
Forçando meu braço atritar a caneta ferem meu ego sangram meu eu
Mas destino agente não escolhe aceito com gosto esse que tu me deu.
Minha luz é corrente que magnetiza os pretenciosos do mundo astral
Para o julgamento meu corpo se torna o unico pupito desse tribunal
Sem rima capricho ou presença
fazemos assim o que chamamos de dor
Transformando bom senso em doença
Me afundo profundo em defesa do amor .
Implora o Rei da Insanidade
À Rainha da Razão :
- Trazei de volta a mocidade ,
A esse pobre , coração !