NÃO DIGAS

Não digas como eu pareço

Na verdade, sou o contrário,

Do que mostra a aparência

Avalia-me pelo avesso

Lá estará minha essência.

Não digas se sou diferente

É minha opção ser assim

Ainda que o mundo enfrente

Vivo feliz comigo mesmo

É essa força dentro de mim

Que motiva-me falar a esmo.

Não digas saber o que penso

Até para mim isso é incógnita

Por mais que eu pareça tenso

Não demonstro meu interior

Sou bem mais imprevisível

Não me julgues, por favor!

Não digas compreender-me

Pois nunca irás conhecer

Nem mesmo eu próprio entendo

As ambiguidades do meu ser

Desculpe a imagem que vendo.

Não digas que já percebia

Não podes ver o oculto

Os olhos da hipocrisia

Só dão acesso a um vulto.

Sergio Fajardo
Enviado por Sergio Fajardo em 17/05/2011
Reeditado em 17/05/2011
Código do texto: T2974873
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