Sobre aquilo que não se compreende
Eu sou o deus das causas perdidas,
O deus daqueles que vagam sem rumo, dos aflitos, dos desesperados.
Deus da angústia, da tristeza, do desalento e da dor.
Eu sou o deus da esperança, da alegria, da luz,
O deus dos amores, da primavera, dos olhos que brilham e dos amantes que pensam ser invisíveis.
Eu sou aquele que ouve suas preces, acoberta seus pecados e alivia sua consciência,
Sou eu, o deus das grandes realizações e dos vis sentimentos.
Os seus gritos encontram em mim ressonância e se purificam porque eu sou o seu deus.
Mas eu, deus, também sou frágil, sensível, confuso, indecifrável...
E é por isso que me chamam poeta.
E minha benção cai sobre todos em forma dos mais belos versos...