Faces
Quem é você
que libera-me abstrata
em desejos matinais
que de tão irreais
passam a submissos
quase uma poesia
breve, afoita, aflita
em doces doses de feitiços?
Quem é você que desmancha
e lança-me para o alto
além do azul
aquém às expectativas
além do que ouso
a uma voraz vida
livre de sobressalto?
Quem é você que apascenta
representa minhas lutas
labutas, intentos, tentativas
e mantém-me viva
protegida até de mim
e não permite que eu pense
quando sagaz me convence
que me dista o fim?
Quem é você
esse ser ora luz ora breu
e que de tanto ser eu
se fez morada
nessa escassa poesia
quase ativa e meio viva
que ora habita em mim?
***imagens google***