TIRANIA
Exerço minha tirania
jamais tive piedade!
Te algemo na cama
faço sobre você minhas maldades
Começo pelos seus dedos do pé
na minha boca
um por um se abrindo
equidistante
você se contorce
Continuo subindo
rodopio nas canelas
olores pulsantes
você se debate em cravos
Caminho e apalpo os joelhos
você se curva em arrepios
Teço suas coxas em colchas
você aumenta o volume
estridente
Num salto
percorro o caminho da felicidade
Me convenço
que o que está abaixo
ao meio
e o que te dá mais vontade