CORAÇÃO
Há esse meu coração
Às vezes se faz de malvado
Às vezes me faz feliz
Mas muitas vezes enganado
Esse moleque travesso
Pertinente demolidor
Sabe que sofre horrores
Não se importando com a dor
Ama aqui e agora
Vive de portas abertas
É displicente ingênuo
Quando alguém lhe interessa
Às vezes fico irritado
Por não seguir meus conselhos
A toda hora se diz apaixonado
Perdendo a estima e zelo
Torço por ele, não nego
E sofro com ele também
Quando o amor não dar certo
As lágrimas nos meus olhos que vêm
Mas o moleque é sabido
Diz que errou, tentando acertar
Pedindo mais uma chance
Assim aprende a amar
Já cansado do bate e volta
Dei-lhe, um ultimato
Ou fixa-se em um amor de vez
Ou fica em um canto isolado
Pensativo e armeiro
Logo vem com um argumento
Quero fugir desse cativeiro
Para não morrer aqui dentro
Vou abri a minha janela
Ver-me livre dos maus tratos
Para refrescar a minha alma
E conhecer a felicidade.