o Sétimo Motivo de Ser Rosa

Valsa...

Na dança, vejo teu rosto como visões

Como se de talvez em talvez fosse constituído

Perco-me em conflitos, confusões

Discorro comentários, confundindo passado e presente

Como uma órfã imagina ter seus pais

Imagino tua presença

No sétimo motivo de ser rosa

Em meu leito

Alentada pelos sons de distinta voz

Conhecida nos anos vividos e na perda sentida

Ao longo da partida

Onde deixamos de ser, nos tornando novamente dois

Separados, no sétimo sentido de sentimentos

No conflito eterno da razão

Tornamos-nos opostos

Como céu e inferno

Luz e trevas

Companhia e solidão

Valsa... Lenta

Desprovida de refúgios

Sinto-me vazia e temporária

Como uma construção sem utilidade

Sendo apenas rosa proferindo ais

Na imensidão do recanto

Fingindo solidez estando demasiadamente amassada

Fingindo perfume estando longamente desprovida de vida

Sendo apenas por existir

No sétimo motivo de ser rosa...

(Amada por aqueles que não conhecem

Possuindo luz e sombra

Clama e fogo

Inquieta por estar

Alentada pelas pequenas brasas

Aquecida pelo esquecimento)...

Wal Stone
Enviado por Wal Stone em 15/05/2011
Reeditado em 17/05/2011
Código do texto: T2971972
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.