Casa Velha
Na suavidade do vento que não ousa parar
E mesmo no parar do tempo
Faço questionamentos de quem sou...
Sem saber ser...
Sendo intuitivamente flor, pedra, temporal
Sendo cor e ausência... Dúvida
No susto refletido no espelho
Pergunto quem tem se tornado
Eu!
No imenso do recordar
Será que só lembranças
Será que só sonho ou só ilusão
Esquecendo de sentir a mim
Possuindo multiplos cantos
Nada possuindo
Escolhendo ser outro... Sendo eu
Sendo vento, luz, trevas...
E tudo sendo
Questiono quem tem sido eu
Quem sou?
Na imensidão de ser e possuir.