EU AMEI!?!

Ta, já sei.

Admito que a dor que causei

Apagava o brilho nos olhos

Da estrela que um dia alcancei;

E que, aprendendo a viver iluminado por ela, agora nem sei,

A diferença do escuro pro claro;

Que me fazia tão feliz e que, pateta, eu desperdicei.

Eu já sei.

Picado pela cobra que criei!

Reconheço a culpa, o dolo... errei!

Arrependimento não mata;

Ao menos ainda não, já outra hora, nem sei!

Mas que chegue essa hora,

E com todo orgulho meu último grito será – EU AMEI!!!

Será?... Amei?!

Mentira, galhofa, balela; bem sei.

A verdade é que AMO.

Me recuso a esse tão mero “amei”.

A cobra, o amor... é tudo fruto que cultivei.

Mas, a cobra eu mato.

Já o amor... com sua licença, repito que AMO.

Nunca mais digo que amei.

É, revisei.

E a essa questão o tempo eu não subestimei,

Já que o pretérito perfeito

Soa tão imperfeito quando rima com “EI”.

E se uso o presente, ele me da de presente a homenagem que tanto busquei.

E que Faz tão mais jus ao brilho,

A força,

A plenitude, da estrela ascendente que “nunca mais digo que amei”.

IgorDiniz
Enviado por IgorDiniz em 14/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
Código do texto: T2970697
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