Canto do boêmio à rainha negra
Chega a noite com seus negros olhos
Convidando-me a bailar sob estrelas,
Acendendo em meu peito a centelha
Da vida que se fazia silente.
Enamora-me esta rainha negra.
Que fremente invade meu ser
Traz em seu colo o colar d’estrelas
Qual faz minha tristeza fenecer.
Remexe-se com graça de deusa,
Em meio à harmonia suave
Cantada pela voz mansa do vento
Mesclada com o silenciar das aves.
Em seu fulgente peito remoço
Prostrado ante, majestosa luz.
Da perfeição tu és o bosquejo
És a egéria que meu cantar conduz.
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2011.