(((:::CINZA O CORAÇÃO:::)))

Pouco a pouco envolvendo em cinza o coração

de boas-vindas, o ruidoso aplauso;

sempre a alma insatisfeita,

Chegando a um silêncio absoluto,

e, então, a vida inclinar-se-á ao poente

para afogar-se em sombras douradas.

O amor é chamado para beber o sofrimento

Apanhemos, no ar, as nossas flores,

no arrebate - o vento que passa.

Arde-nos o sangue, a ânsia

e força do nosso desejo,

porque o tempo toca, num momento,

a abraçar as coisas,

parti-las e atirá-las ao chão.

Porque a sua dança volúvel

é o ritmo das nossas vidas.

No eterno não há flores de ilusão!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 13/05/2011
Código do texto: T2968791
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