QUANDO O POETA CHORA
Quando a alma do poeta chora
O universo todo implora uma gota de seu pranto
Mas em caudalosa nascente
A dor do poeta se transforma em rio, em canto.
E por um fio se faz alvorecer... a dor do poeta vira poesia
Inebria com formas sinuosas outros e outros seres
E traz alegria a quem sequer sabe que o poeta chora.
Aplaudam o poeta que decanta em versos sua alma despetalada!
E cada pétala encarnada cobre de emoção a folha branca de palavras.
Seja saudado o poeta que mancha de lágrimas as linhas pautadas!
E as manchas evoluem em ilusão, magia, paixão...
Nas mãos do poeta as palavra vertem e criam fantasias
O poeta faz da alma dilacerada metáforas e sinestesias
Escreve amor que a dor de seu amor vicia
O poeta chora poesia...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 13/05/2011)